domingo, 29 de novembro de 2009

Avaliação do programa Gestar II de Língua Portuguesa

Neste ano tivemos a oportunidade de trabalhar com um programa que permitiu a formação de professores de Língua Portuguesa priorizando situações efetivas de sala de aula e da escola, a partir da ligação entre a teoria e a prática. As contribuições pelo programa foram enormes e incentivou a apropriação dos saberes dos professores em direção à autonomia e uma prática crítico-reflexiva, abrangendo a vida cotidiana da escola e os saberes derivados da experiência docente, sendo dessa forma uma aprendizagem contínua e contextualizada. O Gestar ofereceu situações que possibilitaram troca de saberes entre os professores, através de momentos de reflexão conjunta, de estudo compartilhado, de planejamento e desenvolvimento de ações coletivas, de reflexão da prática e análise de situação da sala de aula. A apresentação de dificuldades e problemas, que não são poucos, permitiu que fossem amenizados com a partilha e sugestões apresentadas, ajudando a compreensão de situações vividas e a vivenciá-los com estratégias baseadas na teoria, pois cada um, com suas vivências e aprendizagens pode ajudar e ampliar os horizontes do outro, através da construção coletiva e positiva de propostas de trabalho e da solidariedade diante dos problemas já conhecidos.
As dificuldades da realização do programa foram muitas: falta de transporte (alguns cursistas moram na zona rural), falta de tempo disponível pelos professores (devido ao trabalho docente, problemas familiares, entre outros), material disponível (apenas contávamos com quadro e giz) e, também, falta de interesse por alguns. Porém, os estudos e a reflexão sobre os trabalhos realizados possibilitaram o resultado: uma aprendizagem positiva e significativa. Tal reflexão, revelaram os cursistas, é a melhor oportunidade para construir e adquirir novas teorias, esquemas e conceitos, tornando-os críticos, autônomos, flexíveis e abertos aos desafios diários da vida docente.
Os trabalhos realizados com os alunos foram bastante significativos, pois proporcionaram uma nova forma de trabalhar de maneira dinâmica e diferente. Os alunos produziram textos significativos e puderam perceber que quando o que produzem tem uma finalidade, realmente vale a pena produzir. A dificuldade maior enfrentada por eles foi quanto ao processo de análise e refacção dos textos. Quanto aos professores foi auxiliar, durante a execução desses trabalhos, turmas lotadas (com até 76 alunos).
Chegamos à conclusão que o Gestar auxiliou na concepção que a prática pedagógica está em contínuo processo de construção do saber que implica a releitura da função do professor como profissional reflexivo e da escola como organização promotora do desenvolvimento do processo educativo. E como diz o grande sábio Sócrates, "Deves ter a serenidade para aceitares as coisas que não podes mudar, coragem para mudares aquilo de que és capaz e sabedoria para veres a diferença."

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Oficina:análise linguística

Na oficina realizada no dia 07 de novembro, começamos com uma reflexão sobre a importância de sempre refletir sobre nossa prática pedagógica. Continuamos com alguns relatos sobre a aplicação das atividades do Gestar e sobre os assuntos trabalhados. Percebemos que é necessária uma análise diária sobre a língua, pois o sujeito só adquire o conhecimento sobre a mesma usando-a, atuando sobre ela e a construindo nas diversas situações de uso através da própria intuição de usuário que tem da mesma. Desta forma, se faz necessário levá-lo a perceber que ele sabe a língua portuguesa, pois a usa desde o início da aquisição da linguagem, de forma inconsciente e independente de qualquer estudo sistemático da língua. O que falta é ter contato com outras possibilidades linguísticas adequando-as aos diversos momentos de comunicação, sem rotular determinados usos como certos ou errados, mas como adequados ou inadequados. Principalmente, levando em conta que um dos objetivos da língua portuguesa é desenvolver a competência do uso da língua nas diversas situações sociais. E isso só vai acontecer se o aluno for colocado em contato com diversos textos e tenha tido oportunidade de produzir textos diversificados, para a ampliação de sua gramática interna.
Demos continuidade aos nossos trabalhos com uma análise e reflexão sobre o programa Gestar II de língua portuguesa. Concluímos que o projeto é rico, ajudou muito na prática pedagógica de todos, mas que faltou tempo para aplicar com mais sucesso, visto que o material chegou após o início das aulas. Todos perceberam o quanto se faz necessário a realização de oficinas e de encontros entre os professores para planejamento, troca de experiências e sugestão nas atividades diárias em sala de aula. Concordaram que no próximo ano irão utilizar o material do programa nas aulas com um maior aproveitamento, pois já têm conhecimento da riqueza do mesmo e podem, assim, planejar desde o início do ano letivo durante a jornada pedagógica, as atividades atendendo às necessidades de cada turma. O resultado foi bastante positivo para todos, pois puderam reavaliar e redirecionar os conhecimentos e a prática no intuito de atingir os objetivos almejados no trabalho com os alunos e, principalmente, viram o quanto é fundamental refletir sempre sobre a prática pedagógica e analisar os erros e acertos diários. Além disso, notaram que a mudança dos alunos também se fez presente de forma bastante construtiva e significativa.

Oficina: texto como centro das experiências no ensino da língua e intertextualidade

Realizamos no dia 24 de outubro mais uma oficina. Começamos com uma leitura compartilhada, logo após iniciaram os relatos dos professores sobre as experiências com os avançandos na prática. Constataram durante os trabalhos realizados, o quanto é imprescindível o trabalho com textos em todas as atividades de linguagem, numa visão interacionista. Já que texto é consequência da concretização da linguagem e da língua, responsáveis pela interação e pela integração do indivíduo nos diversos meios em que vive. Daí a necessidade de explorá-los profundamente nos diversos gêneros, tipos e modalidades.
No segundo momento, a turma foi dividida em grupos para leitura e análise das unidades 5 e 6 do TP2 sobre os tipos de gramática e a frase e sua organização. Os grupos fizeram a socialização dos assuntos analisados, gerando várias intervenções, que só contribuíram para um maior aprendizado. Foram bastante pertinentes as colocações sobre as gramáticas, desmistificando o seu ensino e contribuindo para uma reflexão sobre como devem ser trabalhadas para um ensino produtivo e significativo. Puderam perceber também como podem ajudar os alunos a compreender e utilizar as estruturas que compõem os textos nos diversos contextos para a criação de significados. Atentando para detalhes que ajudam na organização dos períodos e, consequentemente, de um texto bem elaborado, como a pontuação, a ordem dos elementos e, principalmente, a situação comunicativa.

Oficina:variantes linguísticas

No dia 17 de outubro iniciamos nossos trabalhos com a leitura do texto "Professor mestre" e falamos sobre o papel do professor na sociedade.
Os cursistas relataram sobre os trabalhos realizados sobre variantes linguísticas e o quanto foram ricos, principalmente a construção do dicionário dos jovens, já que os alunos se sentiram valorizados com a realização de um trabalho com a linguagem que eles gostam de utilizar no dia a dia.
A turma foi dividida em equipes para análise das unidades 3 e 4 do TP1 referentes aos temas: O texto como centro das experiências no ensino da língua e A intertextualidade. A socialização dos temas mobilizou o grupo com grandes observações, que ajudaram a perceber que o trabalho coletivo de linguagem (a ação entre os sujeitos: locutor e seu interlocutor) é que garante a produção de significados. Além da grande importância de garantir métodos de ensino que ampliem a competência discursiva dos alunos nas diversas situações sociocomunicativas, partindo sempre de textos diversificados e do trabalho tanto da linguagem oral como da linguagem escrita.
Finalizamos com o comentário sobre como o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo" que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor do texto e que contribui para a construção de conhecimento e a formação de criticidade e de sensibilidade do leitor.

Oficina: construção de projetos

Realizamos no dia 26 de setembro um encontro para a construção de projetos. No primeiro momento houve a leitura e discussão do artigo "O aprendizado do trabalho em grupo" de Luiz Carlos de Menezes. Continuamos com a orientação sobre como elaborar um projeto inerente a proposta do GESTAR II para cumprir o cronograma exigido pelo programa. Foram apresentadas as informações da construção de projetos passo a passo. Após as orientações, a turma foi dividida por escola para uma discussão sobre os temas. Cada grupo, a partir da escolha, começou a elaborar seu projeto interdisciplinar. A construção do projeto foi de grande valia para o aprendizado e a troca de experiências entre os grupos ajudou bastante, pois as idéias foram surgindo e compartilhadas entre todos com o compromisso de promover uma aprendizagem mais significativa, eficiente e de qualidade para os alunos.
Finalizado os trabalhos com projetos, fizemos alguns comentários sobre os trabalhos que estavam sendo realizados sobre variantes linguísticas e como o tema estava sendo de grande valia para os trabalhos em sala de aula.
Terminamos com a certeza de que é preciso sempre momentos de troca e construção de novos aprendizados.

domingo, 8 de novembro de 2009

Oficina: Processo de produção textual e literatura para adolescentes

No dia 19 de setembro realizamos esta oficina com a leitura do artigo "Educação e autoridade" de Lia Luft que ocasionou uma boa reflexão sobre o tema. Demos prosseguimento aos trabalhos com relatos sobre as atividades realizadas e comentários sobre o tema da oficina. Muitos comentaram sobre o resultado da proposta do avançando na prática que consistia numa roda de leitura. A maioria achou o resultado positivo, pois foi uma forma de fazer leitura compartilhada e comentada. Outros não gostaram, pois não conseguiram atrair o prazer da leitura para toda a turma. Também foi comentado, como as estratégias para utilizar durante a revisão ajudaram a melhorar a qualidade dos textos produzidos pelos alunos.
A turma foi dividida em equipes para análise e socialização das unidades 01 e 02 do TP1 sobre Variantes linguísticas. A socialização foi enriquecedora, pois o assunto agradou e interessou a todos. Houve muitas intervenções durante a exposição dos grupos e experiências relatadas fantásticas, que contribuíram bastante para o aprendizado. Percebemos que apesar de termos consciência de que nossa língua é rica, com sua diversidade de dialetos e registros e que o importante é estar adequado à situação de comunicação, ainda temos um certo preconceito diante do uso da norma coloquial. Dificultando, assim, nosso trabalho com tal assunto.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Oficina: argumentação e planejamento e escrita da produção textual

Em 22 de agosto, iniciamos a oficina discutindo os resultados dos avançandos na prática aplicados sobre argumentação e planejamento e escrita da produção textual. Os cursistas gostaram do resultado e da participação de alguns alunos, mas salientaram que as dificuldades apresentadas durante a produção textual são grandes: falta de interesse, problemas de ortografia e de organização das idéias, além da questão de salas lotadas (turmas com até 76 alunos). Discutiu-se a importância de um texto bem planejado e do processo de reflexão e das estratégias que levam a sua elaboração, bem como da necessidade de trabalhar sempre com tal atividade.
Em seguida, a turma foi dividida em grupos para análise do material sobre o processo de produção textual e literatura para adolescentes. O resultado foi socializado, gerando grandes e enriquecedoras discussões sobre os temas, além de reflexões que ajudaram a ampliar os conhecimentos e enriquecer a prática pedagógica de todos. A maioria constatou que o hábito da leitura deve ser desenvolvido e incentivado na infância e que poucas pessoas tiveram essa oportunidade. Surgiu a grande preocupação de como estimular o aluno a ler se nas escolas há um número tão pequeno de livros, mas que foi amenizada após algumas sugestões, principalmente com a leitura de livros na sala uma vez por semana. Concluiu-se com a convicção de que a leitura precisa ser significativa, por isso deve ser escolhida pelo aluno de acordo com seus interesses, para assim assegurar um envolvimento positivo e atrativo com a obra lida.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Oficina: coesão textual

Nessa oficina, realizada dia 1º de agosto, discutimos a importância da harmonia do texto, principalmente com o uso dos recursos coesivos. Iniciamos com uma reflexão sobre uma poesia lida. Continuamos, com o relato de alguns professores sobre os trabalhos desenvolvidos, mostrando os resultados. Puderam trabalhar de forma dinâmica e criativa com esse assunto, após as sugestões feitas na última oficina e gostaram da receptividade e participação dos alunos durante as atividades desenvolvidas. Perceberam que existem procedimentos linguísticos que permitem fazer de um texto uma continuidade de sentidos e o quanto é fundamental analisar tais elos coesivos. A discussão foi enriquecedora, após analisarem os diversos mecanismos de coesão em diversos textos e, principalmente, a respeito da coesão por justaposição. Uma cursista contribuiu bastante trazendo alguns pontos apresentados por Koch em A coesão textual.
Produziram ótimas propagandas utilizando marcas de relações lógicas na construção de significados no texto que foram apresentadas à turma.
Finalizamos com a reflexão sobre revisão e elaboração de textos para alcançar os objetivos sócio-comunicativos.

sábado, 18 de julho de 2009

Oficina: coerência e coesão textual

Nessa oficina, realizada dia 11 de julho, trocamos experiências sobre os trabalhos realizados sobre estilística e coerência textual. Alguns cursistas mostraram como realizaram os trabalhos sobre os referidos assuntos e expuseram as dificuldades e avanços com as atividades trabalhadas, mas poucos tinham, realmente, concluído as propostas de trabalho.
Todos concordaram quanto à importância de produzir textos coerentes e significativos para as diversas situações comunicativas e quanto à reflexão dos diversos elementos linguísticos e sócio-comunicativos responsáveis pela continuidade de sentidos de um texto, ou seja, na organização dos aspectos que contribuem para a construção de um todo significativo.
Concluímos com a análise de aspectos de construção textual mais especificamente linguísticos, os mecanismos de coesão textual. Vimos que a coesão auxilia o estabelecimento da coerência, embora, às vezes, aquela nem sempre se manifeste explicitamente através de marcas linguísticas, o que faz concluir que pode haver textos coerentes, mesmo que não tenham coesão explícita. Em um texto coeso, devemos escrever de maneira que as ideias se liguem umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. E para ser coerente, o texto deve apresentar uma relação lógica e harmoniosa entre suas ideias, que devem ser ordenadas e interligadas de maneira clara, formando assim, uma unidade se sentido.
A reunião foi de muito estudo e reflexão e terminou com a sensação de que precisamos aprender cada vez mais e que esses encontros só têm a nos acrescentar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Oficina: estilo e coerência textual

Nessa oficina realizada no dia 06 de junho a reflexão sobre os diferentes estilos, permitiu a troca de experiências e de sugestões de como desenvolver um trabalho com os alunos de modo a facilitar a compreensão da noção de estilo e seus recursos expressivos (ligados ao som, à palavra, à frase e à enunciação) capazes de resultar em efeitos de sentidos motivados pela emoção, intenção, experiência e afetividade do falante. a sugestão de trabalhos a serem desenvolvidos foi através de gravuras, textos de diversos gêneros e das particularidades de cada aluno.
A necessidade de construção de coerência de um texto foi lembrada, como também, a relação de sentido entre textos verbais e não verbais. Assim, foram propostas sugestões para atividades a serem desenvolvidas.
Nota-se que as escolhas que fazemos para a elaboração de um texto respondem a intenções discursivas específicas, sejam de palavras, sejam de sinais de pontuação, sejam de estruturas morfológicas ou sintáticas, ou até mesmo da entonação. Assim, a competência comunicativa inclui a capacidade de não apenas conhecer os significados das palavras, mas, sobretudo, de discernir os efeitos de sentido que suas escolhas proporcionam.
O professor deve ajudar o aluno a perceber a relação que as palavras, frases e parágrafos de um texto mantêm entre si através de textos de gêneros variados; trabalhar as relações lógico-discursivas, mostrando a importância de reconhecer que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto; reconhecer que as relações entre os elementos do texto organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro.

Oficina: mergulho no texto

No dia 30 de maio foi realizado esse encontro referente às unidades 15 e 16 do TP4.
A turma gostou muito do assunto dessa oficina, pois notou a importância de conhecer as várias funções e formas das perguntas na ajuda à leitura autônoma do aluno e a discussão ficou mais acirrada durante os comentários sobre as diferentes posturas do professor em relação às respostas do estudante. Tal discussão ajudou a reflexão sobre a postura de cada um diante das opiniões e comportamentos dos discentes, gerando grande polêmica. Prosseguiu com a visão de que a estrutura textual ajuda a compreender o texto em sua totalidade, além da leitura lenta e atenta e da releitura. Também foram mencionadas as diversas crenças que influenciam o processo de escrita e as dimensões da situação sociocomunicativa que interferem nesse processo. Os cursistas apresentaram algumas preocupações encontradas durante o trabalho realizado, como a dificuldade dos alunos em reconhecer as idéias principais, de reorganizar as estruturas e a falta de interesse em ler e produzir textos, mesmo com as novas metodologias empregadas, o frequente estímulo e apresentação de textos e assuntos ligados à realidade da turma.
Com essas reflexões percebe-se que o desenvolvimento da escrita depende da prática, com aulas que propiciem situações didáticas que levem os alunos a produzir textos significativos e comunicativos. E que a para isso é preciso saber o que querem dizer, para quem, qual é o gênero que melhor exprime essas ideias, ler muito e revisar continuamente.

Oficina sobre leitura e letramento

Nessa oficina realizada em 16 de maio, a turma refletiu sobre a importância dos conteúdos teóricos que servem de base para o aprimoramento da prática pedagógica do professor e do empenho e da disponibilidade de tempo para leituras construtivas.
O assunto Leitura e letramento foi margem para grandes discussões. Foi ressaltada a importância de refletir, sempre, sobre os usos e função da escrita nas práticas do cotidiano.
As dificuldades encontradas durante os trabalhos realizados foram expostas e discutidas possíveis soluções, as vitórias foram abordadas e o grupo aproveitou para socializar as experiências e dar sugestões para melhoria do trabalho em sala de aula.
O encontro foi bastante proveitoso. Ajudou a perceber a importância de estimular no aluno a necessidade e o desejo de ler, de ter um objetivo de leitura, seja ele qual for, como emocionar, rir, adquirir conhecimento, informar-se. E que uma das propostas para qual a produção textual, seja uma experiência significativa, é ser realizada a partir da discussão de um tema transversal e da busca de novos conhecimentos através de fotos, música, cartazes, entrevistas, trechos de filme, textos diversificados, resultando, assim, o aprimoramento das atividades de leitura e de escrita.

Oficinas: Gêneros e tipos textuais

Essas oficinas aconteceram em dois: dias 25 de abril e 02 de maio. Na primeira, estudamos e refletimos, em grupo, sobre os conteúdos teóricos apresentados no TP3 das unidades 11 e 12. Escolhemos a aula e o avançando na prática correspondentes para serem aplicados em cada uma das turmas do ensino Fundamental II, aproveitando a ocasião para fazer mudanças e dar sugestões para uma maior eficiência do trabalho a ser realizado. E na segunda, realizamos a oficina 06 referente ao assunto trabalhado.
As duas foram bastante proveitosas, pois a partilha de experiência e conhecimento foi enorme e a socialização dos estudos e das propostas de trabalho só nos enriqueceu.
Ao final, a conclusão foi que numa visão construtivista, se faz necessário, notar que através da linguagem agimos sobre o mundo, sobre nós mesmos e sobre nossos interlocutores, daí ser um trabalho que é realizado quando construímos nossos textos orais ou escritos, a partir de escolhas linguísticas que correspondem à nossa vivência de mundo, de nossos objetivos e de nossas experiências escolares. Sendo que cada texto pertence a um gênero diferente, dependendo da situação comunicativa, dos objetivos e dos interlocutores.
Para a compreensão do texto é fundamental sua organização linguística e distinguir as sequências tipológicas que compõem os gêneros textuais é um dos passos para entender os princípios que orientam sua organização e funcionamento.
Daí, a importância de o professor ajudar o aluno a relacionar as sequências tipológicas à classificação dos gêneros, analisar sequências tipológicas em gêneros textuais e reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro. Ressaltando como os gêneros são usados em diferentes situações comunicativas e como sua composição tipológica é tão diversificada e imprevisível.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Segunda oficina

No dia 18 de abril, realizou-se a segunda oficina do Gestar II com uma leitura compartilhada.
Os cursistas trouxeram muitas dúvidas, que foram aos poucos esclarecidas.
As discussões sobre gêneros textuais e a partilha de experiências foram bastante enriquecedoras para a prática pedagógica de todos. O entusiasmo pelo resultado dos trabalhos foi evidente e incentivador para o planejamento e estudo das próximas aulas.
O mais importante foi a conclusão de que o aluno ao adquirir competência sociocomunicativa faz uso de diversos gêneros textuais, sejam eles textos orais ou escritos, identificando intuitivamente as semelhanças e diferenças nos variados textos. Dessa forma, puderam perceber o quanto é importante que o aluno saiba que não é possível realizar um texto sem que se realize um gênero textual.

Primeira oficina: apresentação do Gestar aos professores cursistas

Nosso primeiro encontro, dia 04 de abril, foi cheio de expectativas e esperança de mudança na prática pedagógica. Além de dúvidas, que aos poucos foram esclarecidas.
Contamos com o apoio da Secretaria de Educação, além da presença de alguns diretores.
O clima, de início, foi de desconcentração com a reflexão de uma música e uma dinâmica. E aos poucos, de preocupação e insegurança devido às exigências para a certificação e a metodologia do programa. Contudo após breve reflexão sobre os objetivos do programa e do ensino da língua portuguesa, além da prática na sala de aula, os cursistas perceberam o quanto são fundamentais novas estratégias de ensino e a necessidade de base teórica para o melhoramento do processo de ensino aprendizagem. Concluíram que o Gestar é o espaço que precisavam para discutir o processo de ensino aprendizagem da língua portuguesa e, assim, construir novas estratégias para a prática pedagógica, com o intuito de desenvolver a competência comunicativa do aluno.

Minha trajetória como leitora

Aos sete anos ganhei, de uma amigo de um vizinho que era jornalista e escritor, o livro O pintinho que nasceu quadrado de Regina Chamlian. Na minha cidade não era comum ganhar livros infantis, por isso me senti orgulhosa com tal presente. O livro me levou para um mundo encantado e de magia que eu desconhecia. Até hoje guardo com grande carinho esse livro que pra mim é uma relíquia. Uma tia quando percebeu o meu fascínio pela leitura daquele livro, resolveu sempre me presentear com gibis, que sempre trazia da capital quando ia. Eu cada vez mais ficava deslumbrada por esse universo tão fascinante da imaginação e da criatividade. Minha família sempre me incentivava e me estimulava a ler, com isso esse meu desejo aumentava.
Na minha cidade não havia biblioteca, nem livraria e a escola não incentivava a ler, por isso na minha adolescência só lia romances como Sabrina, Júlia, entre outros romances populares, além de muitos gibis. Os livros literários dos grandes autores clássicos só comecei a ler quando ingressei na faculdade.
Essa nova literatura me encantou cada vez mais, ajudando-me a fazer grandes descobertas, ampliar meu horizonte cultural, desenvolver o gosto pela literatura e tornar-me uma leitora cada vez mais autônoma e crítica.
Vários livros me marcaram como O mundo de Sofia de Jostein Gaarder, Senhora de José de Alencar, O quinze de Rachel de Queiroz, O caçador de pipas de Khaled Hosseini e Os miseráveis de Victor Hugo.
A cada dia eu percebo a grande importância da leitura para a vida social, profissional e pessoal, pois nos permite crescer de modo positivo e gradativamente.

Primeiro encontro dos formadores

O primeiro encontro dos professores formadores aconteceu em Salvador, nos dias 02 a 06 de março, num clima de desconcentração, expectativas e muita vontade de trabalhar.
Nossa professora orientadora Luzia Inácio nos orientou e aos poucos foi esclarecendo muitas de nossas dúvidas, que não foram poucas.
O material do Gestar é muito rico e nos deixou com aquele gostinho e desejo de conquistar novos conhecimentos, além de nos fazer pensar o quanto é importante e necessário a aprendizagem de novas propostas de estratégias mais eficazes para trabalhar em sala de aula.
Esse encontro nos proporcionou grande troca de experiência e de saberes e nos ajudou a refletir sobre questões relacionadas à nossa prática pedagógica.

Minha vida escolar e profissional

Tive o grande prazer de aprender a ler e escrever com uma vizinha, "minha segunda mãe". Com ela, aprendi a decifrar os primeiros textos e ter o prazer de fazer sempre novas conquistas através das letras e gravuras.
Com minha madrinha, outra mãe postiça, comecei a ir à escola com cinco anos. Naquela época, uma criança só podia se matricular na escola com sete anos. Daí, eu fiz a 1ª e 2ª série sem matricular-me. Aos sete fui matriculada já na 3ª série, tendo sempre o encantamento ao entrar em contato com novos conhecimentos e o privilégio de ter durante todo o primário uma única professora que me incentivava no processo de ensino aprendizagem com carinho, estímulo e muito amor me ajudando, principalmente, a vencer um grande problema: a timidez.
O início do Ensino Fundamental II foi muito difícil para mim, pois eu sentia muita dificuldade de me entrosar com a turma, mas aos poucos eu consegui fazer amizades que ainda preservo até hoje.
Resolvi fazer Magistério, pois as pessoas que mais fizeram diferença na minha descoberta no mundo da leitura e escrita eram professoras e muito admiradas e amadas por mim. Fiquei fascinada pelo trabalho docente e percebi que na sala de aula eu perdia a timidez que tanto me atormentava.
Seis meses após concluir o Magistério, fui convidada para trabalhar em uma escola infantil particular. Lá pude realmente perceber o quanto o trabalho do professor é árduo e sublime.
Anos depois, consegui trabalhar em uma escola de Ensino Fundamental II com Língua Portuguesa. Inicialmente, achei que não ia conseguir. Com muito estudo e dedicação fiz o meu trabalho e, dois anos depois, fui convidada a trabalhar com o 2º grau. Essa foi a minha melhor experiência profissional.
Em uma cidade do interior, como Monte Santo, tão distante da capital, era muito difícil pensar em graduação. Por isso, somente em 2001, treze anos depois da conclusão do 2º grau, tive a oportunidade de prestar vestibular... Mas era algo que parecia tão distante, que eu fui fazer, porém com pouca esperança. Passei... O grande sonho foi difícil de realizar-se, pois a faculdade ficava a 280 quilômetros, para chegar à cidade precisava atravessar um rio de balsa, o clima era quentíssimo, além de outras dificuldades. Apesar de tudo valeu a pena. O curso trouxe-me grandes conhecimentos, mudou a minha prática pedagógica e reforçou a certeza de que o importante na vida é a conquista contínua de aprendizagem e de novas habilidades.

O QUE É O GESTAR II?

É um programa que tem como principal objetivo atualizar os conhecimentos dos professores de Língua Portuguesa, melhorar o processo de ensino aprendizagem através de um trabalho que possibilite aos alunos o desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretação e produção dos mais diferentes textos, ajudando-os a tornar-se cidadãos críticos, conscientes e atuantes nas diversas situações sociais.

CÂNTICO I

Não queiras ter Pátria.
Não dividas a terra.
Não dividas o céu.
Não arranques pedaços ao mar.
Não queiras ter.
Nasce bem alto.
Que as coisas todas são tuas.
Que alcançarás todos os horizontes.
Que o teu olhar, estando em toda parte
Te ponhas em tudo,
Como Deus.
(Cecília Meireles)

Vivenciando leituras

Este blog tem como objetivo refletir sobre os trabalhos realizados nos Programa Gestão da Aprendizagem Escolar_Gestão II realizado em Monte Santo na Bahia.